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Mostrando postagens de março, 2024

ESCREVO PARA ALGUÉM, NÃO SEI QUEM

 As postagens que publico aqui são de minha inteira responsabilidade. Destinam-se, como já podem ver, só à minha criação literária, se é que as posso chamar assim. Como pessoa não sou nada ousado, como escritor sou muito menos. Agora, confesso-lhes uma coisa: é para mim de muita comodidade a condição de escritor que tem do que viver. Trabalhei durante muitos anos para os outros, e não me senti humilhado por isso. E digo que me deslocar de casa para o trabalho era-me muito cansativo. Acredito que é cansativo para todo e qualquer trabalhador. Então quando me veio a chance de me acomodar aqui e continuar a escrever, senti-me feliz. Minha mãe, uma viúva persistente em tudo o que fazia, sempre disse: - Descanso, filhos, só na outra vida. E ela era católica, do mesmo catolicismo que nos ensinou. Quando rezo a missa, presto muita atenção ao padre quando ele diz: - Que Deus perdoe nossos pecados - no ato penitencial. Mas, meu assunto principal e preferido, como já puderam ver é a escrita. ...

INDECISÃO

Amanheceu, eu abri a janela, e me sentei à minha mesa de trabalho. Queria escrever um poema não dedicado a ninguém. Um amigo me disse: - Não dedicado, isso não existe. Eu disse a mim mesmo: - É melhor eu pegar um livro de poemas de outro autor e ler. E foi o que fiz. E lendo poesias fui tendo as minhas ideias, às vezes sobre o mesmo assunto. Então, tornei a me sentar e pegar caneta e papel e acabei escrevendo este poema a que dou o título de INDECISÃO. Espero ser compreendido. E dedico o poema ao amigo que me ajudou. Recorram aos amigos. 

SEJAM NOVOS NAS LETRAS

 Eu às vezes me pego pensando em alguns livros que li há muito tempo. Essas lembranças representam e significam aquilo mesmo que alguns dizem da escrita: que ela fica. Considero que mais dizem que fica os aficionados, os profissionais da escrita, e a maioria dos leitores. Dos leitores eu tenho mais tranquilidade para falar. E sabem por que? Porque passei a minha vida quase toda lendo. Lendo com vontade de me tornar um escritor. Um escritor consagrado. Mas, não é só de autor consagrado que vive a Literatura. Já vi nesta minha vida muitas vezes escritores desconhecidos serem descobertos. Espero que as palavras que escrevi acima, sirvam de estímulo a todo novel profissional da escrita. Porque hoje nunca é vã a luta com as palavras.

O ATO DE ESCREVER

Eu moro numa agradável cidade do interior, onde tenho qualidade de vida, e não estou aqui para me queixar de nada. Quieto no meu canto, eu leio muito, e quando me inspiro anoto ou escrevo tudo de uma vez. Nunca escrevo tudo o que me vai na alma. E muitas vezes o que me vai na alma cai no esquecimento. E só vou me lembrar daquele algo outra vez, muito depois. Então é muito depois que vejo a maneira como vou escrevê-lo. E assim eu vou levando esta vida de escritor. Não pensem que eu nasci escrevendo. Nem que eu nasci para escrever. Passei a primeira parte da minha vida sonhando em ser escritor. Não que para ser escritor eu tivesse que ser rico. Porque não sou rico. Trabalhei muito, e sonhei mais. Sonhei mais em ser escritor. E agora aqui aposentado me dou ao luxo de escrever. Escrever e aposentar, sim, isto foram minhas ambições. E a cada vez que escrevo, me realizo. Já fui premiado algumas vezes, o que considero coisas que acontecem na vida. Mas, no mais, eu agradeço aos que acaso me le...

OS APRENDIZES DE FEITICEIRO

Um escritor se prepara para trabalhar, até que lhe venha à mente uma palavra que o encaminhe. Encaminhe a que? Claro, o encaminhe a um texto. Se for um escritor habituado a escrever, não se pergunta sobre a qualidade do que escreve. Mas, procura escrever algo que valha à pena aos olhos do leitor. Num país como o nosso, de extensão continental, sorte dará o escritor se obtiver muitos leitores. Claro, existem aqueles que escrevem ambicionando todos os quadrantes da terra pátria. Tarefa que considero difícil, senão para um super-escritor. Ou, me desmintam aqueles que o puderem fazer. Não quero com isso dizer que sou dono da verdade, não, decerto talvez já existam escritores que alcancem do sul ao norte do Brasil. Eu diminuto aqui, vou tecendo considerações sobre do tal alcance do texto. Sem ser ao menos um especialista no assunto. Simplesmente estou me dando liberdade de expressão. E sigo me exprimindo. Aqui estou em dificuldade, sinto que no assunto acima eu devo respeitar meus limites. ...

UMA NOTA

 Saía eu da faculdade de filosofia, para a qual eu tinha sido aprovado. Em exames seletivos para o curso exatamente de Filosofia. Seguia de mãos dadas com a que era então minha namorada. Conversávamos amenamente sobre como valorizar um livro. Entramos numa agência dos Correios, onde eu ia postar uma carta. Eu vi lá o escritor Murilo Rubião. Venci minha timidez habitual e me aproximei dele. Disse-lhe com discreção: - Meu senhor escritor, ganhei um prêmio escrevendo sobre livro seu. E ele não se escusou de me responder: - Ora, escrevi muitos outros. Agradeci pela resposta, postei a carta e puxei minha namorada pela mão. Contei a ela o ocorrido entre eu e o escritor. Ela me disse: - Ora, para que você foi incomodá-lo? - Você não entende. - Foi só prova de minha admiração por ele. E continuamos nossa conversa sobre livros. Eu e ela. Mas, vou lhes confidenciar uma coisa: "Até hoje, quando um leitor me diz que leu coisa minha, eu digo: - Tenho escrito mais." 

SOBREVIVER

Durante grande parte de minha vida me preocupei em saber porque diziam que um escritor sobreviveu. E de repente descobri alguém dizendo que o escritor tal tinha sido esquecido. São casos recorrentes em nossa história da literatura. Os escritores verdadeiros, conclui  eu, não se preocupam nem com o ouro nem com a sobrevivência material. Os escritores verdadeiros procuram arranjar um modo de sobreviver materialmente. E não deixam seus espíritos se corromper por questões alheias ao escrever. Claro, eles não escrevem 24 horas por dia. Escrevem, às vezes, nas horas vagas. E nem sempre deixam seus escritos em exibição pública. Quando o fazem é porque o produto de suas mãos, que são frutos de seu espírito, está em condição madura. E muitos de nossos escritores não sobrevivem como escritores porque se deixam convencer pela frase: - Literatura é coisa ingrata. Não, literatura não é coisa ingrata. E eu já disse isto algures, quando o apelo é forte o literato surge independente da sua idade. ...

CONSELHOS

Eu conheci um homem muito simples, mas experiente, ele dizia: - Se conselho fosse bom, não se dava conselhos, vendia-se conselhos. Me lembrei desta frase e vim aqui escrever. Muitos conselhos me foram dados durante a vida sobre o ato de escrever. O principal deles, o que mais me fortaleceu a vontade de escrever foi: - Quando você for escrever, escreva de maneira simples. Passei muitos anos me exercitando na escrita, enquanto lia cada vez mais. Claro, eu não me sentia livre para escrever, pois trabalhava. E mineiro nunca brinca em serviço. Todos estes são conselhos, que se deve seguir ou não. Eu não conheço as circunstâncias existenciais de nenhum de meus leitores. É, porque um escritor para mim, deve ser socrático: - Deve conhecer-se a si próprio. Agora, quanto à leitura, um escritor deve ser capaz de dar cobertura ampla ao assunto que enfrenta na escrita. Assim, ele poderá estar mais perto da capacidade de se defender, porque o público é o público, e é amplo. E quanto falo de defender...

ESTÍMULO

Fico pensando se a literatura ainda tem razão de ser. E me respondo que sim. Porque literatura com L maiúsculo, sem política de nenhuma espécie, é arte. E como arte muitas vezes imita a própria vida. Mas, deixemos este imitar a vida para uma próxima postagem. E nos limitemos na literatura arte da palavra. Só quem escreve com a pretensão de ser reconhecido um artista, sabe as torturas por que passa. É de se ser sujeito mesmo aos sofrimentos. E como ser humano, aquele que para as simples tarefas da vida tem que se preparar, o escritor tem que ter preparo. Agora, depende de que tipo de escritor ele quer ser. Portanto, já viram todos os meus leitores que eu sou muito limitado no que tange a isto de preparo. Mais limitado ainda se me metesse a dar conselhos a um discípulo disposto a aprender a escrever. Portanto, já aqui não existem nem mestre nem discípulo. Se transforma tudo numa pequena, diminuta ficção. Que só nos serve para ilustrar o caso. Eu estou, como artista da palavra, em estado ...

A DOR E AS LETRAS

Conversando certa vez com um homem que lia muito tive o meu proveito. Disse-me ele: - Não se deve ficar remoendo muito uma dor. Eu concordei. Não da boca para fora, mas concordei plenamente. E me vem a memória todo o sofrimento do nosso poeta CRUZ E SOUZA. Acontece que CRUZ E SOUZA recebeu muito boa educação. E pode então nos dar excelente poesia. Aí o ponto, se estamos atormentados por algum sofrimento, peguemos da caneta e do papel, e anotemos. Pois sem precisar remoer aquele tormento teremos já o rascunho de algum trabalho literário. E não é bom se ter um rascunho? Tendo algo anotado poderemos mais tarde escrever e reescrever o quanto quisermos. Aí depende do resultado que pretendemos obter. Um trabalho mais bem elaborado ou um trabalho de efeito junto ao público mais imediato. Eu não tenho tido tempo de olhar nas vitrines das livrarias. Para poder ver se têm lançado alguma História da Literatura que me dê noção do tempo de agora. O tempo de hoje é célere em lançamentos de livros, i...

MANTER O ESPÍRITO REFINADO

Foi uma época em que eu, vindo do interior, fui trabalhar na cidade de Belo Horizonte. Portanto, um grande centro, com toda agitação infernal própria dele. Muito estranhei e adoeci. Vou contar isso aqui agora.  Nós lá em casa tínhamos uma tia que morava havia muito tempo na capital. Nosso pai morreu e nós tivemos todos dificuldade para sobreviver. Esta tia, e aqui eu mudo de passo, era o tipo de mulher moderna. Do tipo que gostava de um jogo de vôlei. Além disso ela gostava de dirigir automóvel. E gostava ainda de nadar. E gostava mesmo destas coisas. E ele teve um filho único. O que aprendi com ela, principalmente, foi a gostar de ler. Do grande movimento do grande centro, me ficou foi um grande período de doença. Triste para mim, e não é que não encontrei ninguém que risse de minha doença. Isso quer dizer que eu não era um homem ridículo. No período da minha doença tive grande estímulo da minha tia e do seu filho único com o fito de me verem recuperado. A minha recuperação em gra...

SE O APELO FOR FORTE

Em 1973, tive meu segundo emprego. Ao mesmo tempo em que trabalhava eu lia e escrevia no TRANSEUNTE, jornal que eu e colegas lançamos. Nisso eu lia muito e perseguia uma ideia: ser escritor. E nas minhas leituras colhi uma frase que muito me tocou. Qual era esta frase. Aquela escrita por alguém mais experiente: "Se o apelo para escrever for forte teremos escritores." Foi num período da minha vida em que eu lidava com doença. Que de toda forma me impedia de muitas coisas. Inclusive de trabalhar. Reagi e lá fui para o trabalho. Tive a sorte de ser mandado servir numa biblioteca. E eu entendia bastante de livros. Servi muito bem. De maneira que ao sair da biblioteca, lá estava eu premiado pela minha literatura. No meu local de trabalho ganhei algum prestígio. Enquanto isso, na cidade onde eu vivia, meus pares estavam em posições bem mais avançadas. Parei um pouco e me pus a pensar: - Meu caro, que quer você com a Literatura? Resposta: - Por enquanto, não muita coisa. Me despedi ...

INTUIÇÃO, INSPIRAÇÃO E TRANSPIRAÇÃO

Conversávamos, depois de uma aula de Introdução à Filosofia, nós, os colegas de curso. O nosso assunto era sobre composição poética. Eu me lembrei de algo que lera: - Ô, gente, o negócio é intuição. - Intuição?, como assim? - disse outro. - É, nós intuímos um assunto como quem o pega solto no ar. - Isso dá pano para manga. - E dá mesmo. - Pois é, intuído o assunto, vem a inspiração. - Como? - A inspiração é aquilo que nos vem e que nos faz dizer: dá poesia. - Ah, claro. Mas para chegar à poesia, haja trabalho. - Já falei de intuição. - E já falei de inspiração. - Então, falta o que? - Não falta nada, a não ser o trabalho de escrever um poema. - Ah, aí é que vem a transpiração? - Exatamente. - Acho que não falta nada. - Falta. Estamos aqui conversando e cadê o poema. - Vamos para casa que é onde poderemos escrever nossos poemas. - Amanhã cada um traz o seu trabalho. - Pois é, não se esqueçam, intuição, inspiração e transpiração.  

OS POETAS

 Quando lemos um poeta, não devemos procurar confundir a existência dele enquanto pessoa com o que ele diz em seus poemas. Nem devemos temer que as suas palavras nos confundam. Porque quando um ser humano chega a se expressar literariamente ele vale literariamente. Aqui buscamos num recôndito de nossa educação um pouco de educação literária. Nem sempre lemos todos os poetas, mas se nós temos algum interesse em poesia, nem precisamos querer conhecer os poetas pessoalmente. Eu, por exemplo, quando digo que conheço Carlos Drummond de Andrade, podem procurar em minhas estantes o livro de poesias completas de Carlos Drummond de Andrade. Deu prá entender o que eu venho querendo dizer. Que estou aqui tentando fazer aos que me lerem que vão lá e conheçam os poetas.

CADA VEZ MAIS

Sobre um poema pode-se escrever muitas coisas. Mas para escrever um poema deve-se saber quais palavras empregar. E falo sério sobre isso. E para dar uma dica sobre um poema que eu ia escrever, lá vai. Rezei minha missa de hoje pedindo a Deus paciência com tudo ao meu redor. Porque quem tem paciência com as coisas, tem paciência para pensar sobre a poesia. Logo depois da missa vi uma fotografia do pároco local prestando assistência espiritual a algumas pessoas. Isto me reconfortou profundamente. Devemos acreditar piamente na presença de Jesus Cristo em nossas vidas e teremos almas limpas. Claro, eu peço perdão a Ele todos os dias pelos meus pecados, se bem que nos anos presentes de minha vida tenho pecado cada vez menos. Mas, voltemos à poesia. Quem tem noção de que a poesia precisa ser nova para encantar, escreve melhor. Eu procuro conviver com os poetas de todos os tempos lendo-os para me inspirar e poder transpirar as palavras num poema de modo a conseguir um elogio: - Você é um poet...

NÓS E A NATUREZA

Nós, humanos, temos a nossa história. Nela, na História da Humanidade, tivemos um período em que acreditamos ser o Homem o centro da Humanidade. Mas, vemos agora, que não é bem assim. Não estou aqui para desprezar nenhum ser humano. Cada ser humano é necessário nesta nossa sociedade. Nem estou  propondo nenhum desarranjo social. Sabem onde quero chegar? Simplesmente a uma nota que me tocou durante a viagem que fiz para ir ao médico hoje. A de que além de nós humanos, nossa sociedade sempre precisou de auxílios a que chamamos de recursos. Recursos isso, recursos aquilo e olhem ao redor e vejam onde estamos. Alguns dos espíritos mais atentos nos indicam que devemos atentar para o verde. E isso há muito tempo. Alguns escritores já escreveram seus livros e podem estar rindo de mim. E escreveram sobre o verde. Me lembro que não sei muito sobre a nossa vegetação. Nem muito sobre nossas flores. Mas, há muitos anos atrás eu trabalhei numa biblioteca. E nela apareciam às vezes estudantes pr...

ESTOU SOBREVIVENDO

Literariamente, seja posto claramente. Mas, antes, comecei cedo. E comecei com um sonho na cabeça. Ser só escritor. E antes de chegar aqui, eu tive seis empregos, onde eu tinha que cumprir expediente. Marcar hora de entrada e de saída no relógio de ponto. Mas era remunerado e bem remunerado. Pude comprar muitas coisas, e sempre voltar para casa e ser bem recebido. Uma fase de minha vida paguei até aluguel. E até hoje não tenho imóvel em meu nome e nem imóvel algum em nome de alguém que eu possa chamar de meu. Me considero um idoso saudável. Brinco com minha idade, mas não faço nada de absurdo que não convenha à minha idade. Literariamente vou sobrevivendo. Escrevendo e publicando. E nisso coloco meu coração. E meus parcos saberes. Hoje aqui estou, procurando uma estória para contar. Estive pensando em narrar um conto de amor. Por que amor? Perguntarão. E os que me conhecem, dirão: olha lá, o cara, ele se diz um decepcionado das coisas do amor. mas está pensando em escrever estória de a...

PRÁ VOCÊS VEREM

eu era menino, ali por uns nove ou dez anos. Queria ser escritor. E já escrevia alguma coisa. Nunca, porém, tinha mostrado a alguém. Cursava na escola uma espécie de preparatório ao ginasial, para o qual eu fui aprovado. Mais tarde chamariam o curso ginasial de primeiro grau, e o que vinha a seguir de segundo grau. Consegui fazer até o segundo grau na minha cidade natal no interior. E, por várias circunstâncias, nos mudamos, eu e meus familiares, para a capital de Minas Gerais, Belo Horizonte. Essa mudança um tanto tumultuou nossas vidas. Mas, tenho tudo hoje arrumado. Chegando à capital, eu fundei um jornal mimeografado: TRASEUNTE. Não passou do número um. Julgamos nós do Transeunte, que nossos colegas estudantes não eram dados à leitura. Até que um deles me disse que esperava textos nossos de melhor qualidade. Não levei adiante o jornal mimeografado. Mas continuei me exercitando na escrita. E muito. Prá vocês verem, este ano de 2024 eu aniversario meu 18o. ano de atividades literária...

MARCOU? - Ela perguntou.

Eu, naquela época, sonhava em ser escritor. Diziam de todo lado, que a escrita tinha tudo a ver com o desenvolvimento de uma nação. E tinha e tem a ver com desenvolvimento. Claro, cidadãos esclarecidos são cidadãos, senão em rumo ao desenvolvimento, senão cidadãos desenvolvidos. E uma nação com cidadãos desenvolvidos é uma nação desenvolvida. E estudei com o fito de ser escritor. Exercitei a escrita até tornar para mim fácil desenvolver um texto. E eis-me aqui hoje a fim de lhes contar uma pequena estorieta. Sai-me pela inteligência das palavras em ordem até fácil esta estória. É que tive uma namorada muito bonita. Houve até um rapaz que ao me ver com ela, saiu-me com esta: - Eu sou afim desta pequena. Não sei o que ele pretendia. Segui em frente, e o meu namoro durou muito tempo ainda. E eu morava numa cidade do interior. Não sei porque eu e ela terminamos. Um jornalista do jornal local daquela cidade do interior, publicou: - Eles terminaram o namoro - eles, éramos eu e ela. A cidadez...

A MULHER

Meu pai teve que viajar da capital ao interior para pedir a mão da minha mãe ao meu avô.  Eu quando me casei precisei de pedir a autorização do pai da noiva. E então só posso louvar as mulheres de tal altitude. Não desprezo as outras, que por acaso, se desviaram deste caminho e se tornaram as amantes dos homens que as quiseram. O que conta é que todas são e eram mulheres destas que passamos por elas na rua. E as mulheres? O que seria de nós sem elas? Hoje, Dia Internacional da Mulher se louva pelo mundo a Mulher, esta entidade, a quem devemos poemas e canções das mais inspiradas. E eu aqui no meu canto me lembro dos poemas de amor dos mais louváveis vates. Amor que só vejo realizado entre um homem e uma mulher, e façam-se canções de amor até o dia infinito da existência. Mulher, o que não te devemos?

POEMA

Sonhei uma palavra, que me ficou na mente. E a palavra sonhada me direcionou o dia. Sabe qual era a palavra? Simplesmente paz. E acabei ganhando um bom aperto de mão com parabéns. Parabéns por ter conseguido  passar com um olhar a sensação toda de paz aos meus colegas. Querem prêmio maior? Não, não há. Nem pensar em dinheiro, que eu  não pensei nele. Pensei, como já disse, em paz. E vim aqui agora  escrever este poema. Que o vejam como um poema de paz. 

UM POETA

Estava eu mergulhado na leitura de meus poetas. E me surgiu sob os olhos a poesia de Cruz e Souza. Era ele um poeta que eu tinha nas minhas estantes. E que há muito tempo eu não lia. Comecei por um estudo de passagens biográficas dele. Sugere o autor do estudo que o poeta teve educação fidalga. E eu imagino que ele tinha o dom da poesia. Somadas a educação ao dom nos ficaram suas poesias. E, antecipo, merecia sua poesia nos dias de hoje um lugar melhor do que têm. Pouco se fala dele, eis a questão. Então mergulhei na poesia que ele escreveu. MISSAIS e BROQUÉIS, só para mencionar um ou dois livros dele. E é ele realmente um dos nossos grandes poetas. Fala-se muito hoje dos escritos dos negros. Mas, digo a favor do meu Cruz e Souza que ele já foi lido e estudado por grandes mestres. E que só uma vez eu o vi ser mencionado como um poeta dos negros. E como sofreu o Cruz e Souza. E como superou o sofrimento. E ele teve forças espirituais para ser poeta. E ei-lo hoje no século XXI sob os meu...