O ATO DE ESCREVER

Eu moro numa agradável cidade do interior, onde tenho qualidade de vida, e não estou aqui para me queixar de nada. Quieto no meu canto, eu leio muito, e quando me inspiro anoto ou escrevo tudo de uma vez. Nunca escrevo tudo o que me vai na alma. E muitas vezes o que me vai na alma cai no esquecimento. E só vou me lembrar daquele algo outra vez, muito depois. Então é muito depois que vejo a maneira como vou escrevê-lo.

E assim eu vou levando esta vida de escritor. Não pensem que eu nasci escrevendo. Nem que eu nasci para escrever. Passei a primeira parte da minha vida sonhando em ser escritor. Não que para ser escritor eu tivesse que ser rico. Porque não sou rico.

Trabalhei muito, e sonhei mais. Sonhei mais em ser escritor. E agora aqui aposentado me dou ao luxo de escrever. Escrever e aposentar, sim, isto foram minhas ambições.

E a cada vez que escrevo, me realizo. Já fui premiado algumas vezes, o que considero coisas que acontecem na vida. Mas, no mais, eu agradeço aos que acaso me leiam. 

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