AMAR AMANDO EU ESCREVO
Estive pensando em mim e no que escrevo. Eu sou um homem médio e minha obra escrita não é de excepcional qualidade. É de média qualidade. E por que não confessá-lo. Eu a localizaria como literatura de resistência. E por outro lado eu escrevo porque gosto. E só escrevo o que sei escrever.
Foi uma vida inteira trabalhando e lendo e estudando. Estudei Filosofia e não terminei o curso. Meu trabalho foi a vida inteira em escritórios. Até que ganhei dois prêmios importantes para mim. Para ver-me receber os prêmios compareceram familiares meus. O que para mim foi de suma importância.
E de mais importante foi o comparecerecimento de minha mãe enquanto eu recebia os prêmios. Eu não tive oportunidade de fazer um agradecimento a ela fora do âmbito lá de casa. Faço-o agora. Que estou aqui dentro de casa, no quarto que resolvi chamar de quarto-estúdio. Mas, a ela em vida eu não me cansei de agradecer. Simplesmente porque a pessoa mais importante da minha vida foi minha mãe. Pensam alguns que eu não sobreviveria sem ela. De certo modo estão certos. Mas falhos porém no modo de dizerem isto. Disseram:
- Quem vai sentir falta dela, é o Dornas.
Eu digo que não é falta dela o que eu sinto. Porque entendo como falta de alguém, uma carência tão bruta que certamente eu não sobreviveria. Contudo aqui estou, escrevendo aqui. E de minha mãe, inclusive agora, eu sinto é saudade. Pensem, existe diferença.
Já no amor de uma mulher eu o tive de várias maneiras. Não vou citar as minhas amadas, é indecoroso. E mais ainda na maneira de amar que estão deixando sem registro para a posteridade. E não vou ser eu a pessoa a fazer este registro. Quando muito eu prego o amor. Amor até para escrever. Como eu disse: Eu amo escrever. Amando escrever eu vivo pensando em escrever. Escrevendo eu conto estórias de amor. E acredito que o ser humano é um ser do amor. Claro, fruto do amor. E que Deus me abençoe.
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