ESTOU SOBREVIVENDO

Literariamente, seja posto claramente. Mas, antes, comecei cedo. E comecei com um sonho na cabeça. Ser só escritor. E antes de chegar aqui, eu tive seis empregos, onde eu tinha que cumprir expediente. Marcar hora de entrada e de saída no relógio de ponto. Mas era remunerado e bem remunerado. Pude comprar muitas coisas, e sempre voltar para casa e ser bem recebido. Uma fase de minha vida paguei até aluguel. E até hoje não tenho imóvel em meu nome e nem imóvel algum em nome de alguém que eu possa chamar de meu. Me considero um idoso saudável. Brinco com minha idade, mas não faço nada de absurdo que não convenha à minha idade.

Literariamente vou sobrevivendo. Escrevendo e publicando. E nisso coloco meu coração. E meus parcos saberes. Hoje aqui estou, procurando uma estória para contar. Estive pensando em narrar um conto de amor. Por que amor? Perguntarão. E os que me conhecem, dirão: olha lá, o cara, ele se diz um decepcionado das coisas do amor. mas está pensando em escrever estória de amor.

Eu me explico. Entre eu ser descrente do amor, não quer dizer que não existam por aí milhares de corações ansiosos de encontrar o seu par. E acho, meus professores detestavam o achismo, e eu acho que não encontrei nenhuma estória de amor. Então, fica para outra vez. E escrevi, estou sobrevivendo. 

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