NOVE ANOS DE DURAÇÃO
Quando a conheci era o mês de março, lá pelos idos dos anos 80. Conversávamos muito. Era eu chegar na faculdade, lá estava ela. Como que à minha espera. Eu um dia lhe disse isso. Ela negou, disse que era uma coincidência. Que parecia que ela estava à minha espera. Deixei para lá, senão eu não ia estudar. Mas, coincidência ou não, começamos a namorar. E no nosso namoro, nos preocupávamos em nos conhecer mutuamente. E isso nós conseguimos mas não de maneira perfeita. E nos conhecendo bem, teve fundamento o noivarmos. E, lá estávamos os noivos. Saíamos quase sempre. Senão para ir a algum lugar da cidade, a pé. Para irmos a um cinema, ou a um teatro, ou a um show de música. Às vezes íamos também a um teatro. No mais das vezes ficávamos em casa estudando. E assim fomos o tempo todo alunos aplicados. Tão aplicados que o professor de existencialismo católico nos pegou para alunos modelo. E ele um dia nos colocou na frente da turma e disse: - Sejam como esses seus colegas. Bons alunos. E ele s...