ERA NA VIDA
As nossas escolas de Filosofia, às vezes, inauguram tempos. Eu sei, porque já frequentei uma. Quase até o final do curso, fiquei sendo um quase filósofo. Mas, de vez em quando, me pego com um livro nas mãos, lendo.Ultimamente, tenho preferido livros sobre o sofrimento. Mania de sofrer, vão dizer. Nada, e nem sou discípulo do Pe. Fábio, não. Mas é ele quem tem um livro sobre o sofrimento.
Eu, por estar escrevendo aqui agora e mencionando o sofrimento, digo, não existe este ou aquele ser humano que não experimente uma dose de sofrimento. Mas, veja bem, não desejo a ninguém o sofrimento. Desejo, isto sim, muita alegria e muita felicidade.
Na escola de Filosofia eu fiquei noivo de uma moça. Ela saiu uma filósofa de verdade, e lá foi ela continuando a estudar até o mais alto grau. Mas, eu disse a ela, no caminho:
- Não vou conseguir te acompanhar.
Não ficamos inimigos, nem muito amigos, mas quando eu a encontro ela me cumprimenta. Eu respondo ao aceno dela e nós dois seguimos nosso caminho. Eu, o meu. Ela, o dela.
O nosso relacionamento durou o tempo do curso que fazíamos. E, claro, nossos colegas nos observavam, mesmo porque não poderiam deixar de fazê-lo. E foi só o nosso namoro terminar, ela se formou. Eu ainda a acompanhei à casa dela, onde ela disse:
- Mãe e pai, agora eu sou uma intelectual.
Enfim, segui meu caminho.
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