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Mostrando postagens de abril, 2024

ESCREVENDO UM POUCO SOBRE POESIA

O mundo da poesia brasileira se tornou amplo, mas não amplo demais. Não amplo demais que não assimile as novidades que acaso surjam na poesia. As influências que os poetas sofrem, desde que o mundo vasto mundo se globalizou ou são as mesmas, ou se restringem ao nosso mundo brasileiro. E o nosso mundo da poesia brasileiro já se notabilizou por ser influenciado pelo mundo da poesia internacional. Os poetas brasileiros já estão em condições de apresentar seus trabalhos sem temor. Óbvio que poderão falar de influências. E essas influências ele, o poeta, as receberá do que ler. Se for um poeta que conhece línguas tanto melhor. Mas creio eu, no meu mundo pequeno, que ainda nos cabe seguir o conselho de Ezra Pound: make it kew. Pode ser que alguém conheça este mundo poético melhor do eu. E não estou brincando. Eu não sei tudo. E aqui me lembro de quando era estudante. Dizia um grande amigo meu lá: - Ninguém sabe tudo, ninguém lembra tudo. E ele dizia a verdade. Então me lembro de outra coisa....

SER IMPORTANTE

Hoje estive aqui pensando. E me perguntei: - O que é ser importante? Creio que muitos julgam que a pergunta o que é ser importante é dirigida a alguém. Eu pessoalmente ao me perguntar o que é ser importante, não me preocupei em saber se se é importante para alguém. Mas, aqui, à maneira de introdução vão estas palavras. E agora seguindo, digo: - Não estava me referindo em ser importante para alguém. Então me perguntarão: - Então se faça entender. Não é difícil. Eu me julgo importante para mim. E nesta casa onde moro e vivo, faço o possível para que todos se sintam importantes. Se assim não se sentem é porque não querem. E não é difícil me entender. Já existiu um presidente da república que falava de auto-estima. É aí o ponto. Uma pessoa com auto-estima preservada ao ponto de lidar consigo própria sem precisar se defender. Uma pessoa que se dá importância se entra nalgum lugar onde não é bem-tratada, sai logo fora. Óbvio, ninguém gosta de ser maltratado. E se foi embora ao ser maltratada...

FAMÍLIA É IMPORTANTE

Vou lhe perguntar uma coisa. Quem cuida de nós enquanto somos bebês e vamos até sermos crianças. Viramos jovens que prometem algum futuro. E onde está este futuro? No mundo, onde existe muita gente boa que pode nos ajudar. E como nos vem esta ajuda? Na maioria das vezes, como oportunidade de nos dar estudo ou nos dar trabalho. Mas para tanto nós devemos mostrar nossa boa vontade. E já estamos razoavelmente encaminhados na vida. Por quem? Por nossa família, aquela que nos deu origem. Minha origem veio de uma família católica. Foi no seio dela que eu vivi. Vivi minhas primeiras ideias. Chorei também minhas primeiras lágrimas. E aqui me recordo, tive meus primeiros consolos.  Que me vieram em forma de afeto. Por aí se vê como minha família me foi importante. E não fui procurar o título desta postagem no mundo. Porque o mundo é vário. E nesse mundo vário fiz os meus primeiros relacionamentos. Destes relacionamentos aprendi que quem me compreende mesmo é minha família. E ninguém me diss...

O SUBJETIVO

Lendo foi que me surgiu o sonho de vir a me tornar escritor. E foi lendo que me introduzi na Filosofia. E daí me meti num curso de Filosofia. Tive vários professores, todos muito competentes e brilhantes. Da Introdução à Filosofia cheguei ao último semestre do curso. E foi neste momento que uma mestra, que se chamava Ângela, nos falou do subjetivo. Na verdade nos perguntou se o nosso assunto preferido era  o subjetivo. Ensinava-nos a filosofia tal qual a escrevera Hobbes, o pensador inglês. Mas, aqui me vem o subjetivo em mente. O subjetivo eu o entendo como o conhecimento do mundo do eu. Claro que não poderia a mestra Ângela se dedicar ao subjetivo para nos falar sobre ele. Ela se o fizesse desvirtualizaria o sentido de nosso curso. Então o assunto me ficou na memória. Abandonei o curso, não por estar enfastiado de Filosofia. Eu bem que gostaria de ter continuado meus estudos em Filosofia. Mas, uma série de problemas pessoais se manifestou e me impediu. Bem, mas deixemos isso de l...

O ESCRITOR ACADÊMICO

 Eu andava escrevendo bastante e publicando muito. E me vi de repente acadêmico. Não vou contar como foi, porque ainda estou todo tolhido pela emoção de ter tomado posse como acadêmico da ACADEMIA DE LETRAS E ARTES DA ZONA OESTE DO RIO DE JANEIRO - ALAZO - RJ. Dei o nome todo da academia de que agora faço parte sem um motivo especial. E vim para aqui fazer o registro do acontecimento. Um amigo me deu os parabéns pela conquista. Achei bonito o jeito dele falar, conquista. Mas, decerto, foi uma conquista minha, feita com a ajuda dos outros acadêmicos de lá. E que grande ajuda. Claro, eles sendo mais antigos na academia, me acolheram assim que manifestei minha vontade de também ser acadêmico. Nada, nada, sempre gostei de cultura. Poesia, literatura em geral, artes, arte popular. E assim estou muito satisfeito hoje. E não vou mentir, assumi com a academia que citei, compromisso sério de promover a cultura. Meu tempo encolheu. Mas mais vale um gosto, do que ficar de papo pro ar. E traba...

TER EXPERIÊNCIA

- O que é experiência? - uma vez me perguntaram. Era uma pergunta aparentemente comum. Mas no caso era uma pergunta maldosa. Eu fitei a pessoa que me perguntou calmamente. E respondi: - Se alguém toma água num copo, está tendo uma experiência. E assunto liquidado. E, hoje, aqui pensando, eu me vejo diante de pessoas fofoqueiras. Só pensando. Mas sei que existem pessoas assim. Pessoas que adoram falar dos outros. Muitas vezes sem saber que estão destruindo uma reputação. Outras vezes falam pelo mero prazer de falar. Mas, o que é experiência afinal. Eu sei que é algo que não se transfere. Eu sei também que experiência é um aprendizado. E aqui me lembro de um verso do Roberto Carlos: - Querem acabar comigo, mas isso eu não vou deixar. E Roberto Carlos, que eu saiba, deu na vida dele pouquíssimas entrevistas. E aqui vai outro verso do nosso super-astro: - A candinha vai falar. Eu sei que a candinha continua falando. O que fazer? É não ouvir as fofocas. E se alguma chegar ao nosso ouvido, é...

SOLIDÃO CRIATIVA

Acredito que senão todos, a maioria de nós já leu CÂNDIDO, de Voltaire. Ele, Cândido, de uma vida agitada, se recolhe e vai cuidar de si e de suas coisas. Que Voltaire chama do jardim dele. Agora, imaginem o jardim de Cândido como uma mente imaginativa. E já estamos no assunto solidão criativa. Claro, em literatura para se ser criativo exige-se imaginação. Junte-se à imaginação a solidão. Eu acredito firmemente que a imaginação literária precisa das palavras. E, claro, a imaginação literária é a criação de causos, contos ou  poemas. Para tanto o que falta? Faltam as palavras. E aí temos a solidão criativa. Então, mãos à obra. Pegue-se caneta e papel e escreva-se. Aqui não estou tratando da técnica literária. No momento em que se escreve como criação, estamos exercitando nossa criatividade. E portanto só se deve meter neste assunto, os criativos. Os que precisam da solidão para serem criativos são os verdadeiros inventores da solidão criativa. Os homens que praticam a solidão criati...

ME CONFUNDINDO COM O QUE EU FAÇO

 Muitas vezes o escritor e o homem se confundem em mim no momento em que escrevo. Como agora. Estou aqui me lembrando que durante a vida eu tive seis ocupações. Nenhuma delas me realizou tanto como esta sétima, a de escritor. E o que eu digo sobre ela? Que não quero ser o número um. Ser apenas mais um escritor me faz inteiro. Nenhum compromisso, por enquanto, e espero que se tiver algum, seja de leve. Nenhum compromisso, dizia eu, com os leitores. Não que eu menospreze olhos perscrutadores. Claro, todo leitor pergunta a mim e a si mesmo. E o que o leitor pergunta? Creio que aqui o leitor de hoje pergunta coisas diferentes das que eu pergunto. Não que eu seja um leitor melhor, ou mais experiente. Às vezes vem de lá um leitor com ideias novas, que não passaram pela minha mente. E às vezes eu possa ter deixado escapar alguma ideia literária nova. Oh, que surpreso fico eu também. Mas, não ideia nova naquele sentido tão caro à famosa hierarquia literária. Porque é claro, a arte literári...

PARTICIPAR

Venho dar notícia de como hoje é fácil participar das letras. Estive agora mesmo escrevendo na minha escrivaninha no RECANTO DAS LETRAS. E parabenizava a todos os poetas que sempre encontrei pelo caminho. Confesso mais uma vez que sempre li muito. Parece curtição minha, mas não é. Ler muito num país de famintos certamente é um luxo. Ah, deixemos este assunto para gente mais abalizada. Mas, intitulo esta postagem de PARTICIPAR. Hoje, na era da Informática, PARTICIPAR ficou mais fácil. Já devem ter visto onde eu quero chegar. Nossa era da Informática é também a nossa era Democrática brasileira. Vá e compre um computador pessoal. Instale-o em algum lugar de sua casa, aprenda a mexer com ele, encontre o recanto das letras e escreva seus poemas. Não é difícil de entender. Em pouco tempo você já será um escritor. E se precisar aprender também alguma coisa de Literatura, as livrarias estão abertas. Basta você se tornar mais um leitor. E gostará. Porque ler é muito bom. E lendo você logo quere...

LITERATURA SEM EXPLICAÇÃO

Li um livro uma vez, acho que de autoria de AUTRAN DOURADO, que falava alguma coisa sobre a política literária. Se estou bem lembrado defendia a Literatura sem política. Eu vejo este tipo de Literatura como a defesa da Literatura pura. Aquela literatura que é só a criação literária. Exercida para o simples degustar com todo o prazer dos leitores. Eu, pessoalmente, me vejo em maus lençóis se tiver de explicar o que é essa Literatura. Mas, certamente deve ser um tipo de criação literária feita sem nenhuma encomenda, sem nenhum alvo específico. O mais difícil criar literário, que se fizer sucesso é porque é a Literatura realmente pura. Cujo sucesso nem mesmo o seu criador vai ser capaz de explicar. E esse tipo de escritor, que se empenha num fazer sem um objetivo comercial, com um  objetivo artístico sem compromissos digamos mundamos, pleno de alma, será um tipo de escritor que merecerá o paraíso aqui na Terra. Aqui vai o máximo de explicação que sou capaz de dar. 

FONTE DE INSPIRAÇÃO

Corria o ano de 1987, eu havia pedido demissão de um emprego. E partia para outro. É que eu resolvia com isso alguns problemas pessoais. Que me atrapalhavam um pouco. Mas, tudo arranjado, me aquietei. E foi nestes dias que recebi em casa um pequeno pacote. Abri e dei de cara com uma pequena Bíblia. Folhei o exemplar do livro sagrado e vi que vinha escrito em castelhano. Olhei o envelope em que ela viera, e vi que me fora remetida do exterior. Por um velho amigo que eu não via não sei quanto tempo. Então li. Hoje me lembrando disso, me vejo diante do título que coloquei acima: fonte de inspiração. Não é de hoje que os bons escritores (inclusive o nosso Machado de Assis) sempre a leram antes de imaginarem suas estórias. Vêem como a Bíblia, livro escrito há pouco mais de dois mil anos, serve para inspirar. E não é só a Machado de Assis. Aqui perto de nós, os mineiros, temos Luiz Vilela, que já escreveu ficção baseada em textos bíblicos. Não digo que naquele ano de 1987 eu fosse pagão. Nun...

UM PEQUENO MAL ENTENDIDO

 Estavam a empregada e o habitante da casa diante da televisão. Por falta do que de melhor para se ver, colocaram num canal em que passava um programa sobre justiça. Uma advogada defendia um trabalhador em uma causa sobre HIV. A empregada perguntou ao habitante da casa quem estava de HIV. Não porque ela não soubesse o que era HIV. Ela não esperou ele responder, e disse: - Eu trabalhei anos como manicure.  - Eu sei - disse o habitante da casa. - Mas, então, porque fica vendo este programa aí. Ele disse: - HIV se pega até na saliva. A empregada riu, o que estava o habitante da casa pensando. Ele se antenou e disse a ela: - Eu sei, você tem doze anos de casa aqui. E eu te considero amiga de verdade. E acabaram os dois se rindo à larga.

DIÁLOGO

 Eu não sou muito dado a ditar normas. Vou escrevendo aqui no meu blog à maneira de quem se confessa. Quem me entende talvez já tenha percebido que vou dizendo a respeito do meu processo criativo. E digo porque o faço. Meu aprendizado das letras foi complicado. Decerto estudei Filosofia, sem me formar. Li muito e ainda leio muito literatura. Desde poesia até prosa. Em literatura, desde prosa até poesia, eu defendo que tudo é matéria para literatura. Mas para se alcançar o estado de arte, aí que se dê tratos à bola. Dito isto, que quem queira se ver literato, que leia de tudo. Dizia  em versos um cantor brasileiro: "O velho e o novo se encontram na mesa de bar." O que eu entendo por este verso é que os artistas devem estar abertos ao diálogo. De que maneira? Na medida em que escrevem que o novo vá até a livraria e compre o que ele escreveu. Como eu falava que confesso aqui meu processo criativo, eu leio de tudo na medida do possível. Eu acho que fui claro, mais claro do que is...

OBSERVAÇÃO E ESTUDO

 Um escritor deve gastar bem o seu tempo. Claro que parte deste tempo em observação. Sem se deixar confundir com um observador da natureza. Mas, isto também é válido. Mesmo porque existem várias naturezas. Para provar a validade do que estou falando, cito as naturezas animais. E dentre elas a natureza humana. Que vem a ser a mais difícil de se deixar perceber. Porque a natureza humana muda e cria tipos de período histórico em período histórico. Acho até que as mudanças da natureza humana são as que garantem a eternidade das letras. Não é toa que temos estilos de época na literatura. Em cada época vivida pela nossa humanidade, vigora uma moda literária. Observação e estudo, segundo ponto. Para isso temos as faculdade de letras e as de filosofia. Mas temos os homens de letras que se erigem como autodidatas. E que nos proporcionam escritos muitas vezes geniais. Então, o homem de letras e mesmo o filósofo deve estar seguro de si. E mesmo assim deve saber que neste nosso século XXI os h...

O TRABALHO DO ESCRITOR

 Escrever é um trabalho, decerto que é. Vejam quando somos estudantes, o professor nos pede um trabalho para que ele nos avalie. Nos esmeramos o máximo possível para que ele nos dê boa nota. E o que é uma boa nota? Nada mais que a recompensa. E o escritor profissional é recompensado pelo dinheiro das vendas de seus escritos. Mas, para mim que sou um simples desconhecido, qual é a minha recompensa? Vou dizer da maneira mais simples. A minha recompensa será ser lido. Porque à medida que sou lido, é claro, caio no julgamento de quem me lê. E se quem me lê, chega a gostar do que lê, isto é dos meus escritos, terei satisfação.

EU ESCREVENDO

A escrita literária me vem agora, pela manhã, a me perguntar se tenho alguma coisa a dizer. Eu também me pergunto se tenho alguma coisa a dizer. Creio que, em especial, não. Então o que faço? Vou escrevendo. E escrevendo para que e para quem? Não sei me responder.  Sei que as palavras são capazes de enfeitiçar. E que talvez por isso os escritores são chamados de aprendizes de feiticeiro. O maior equívoco que se pode cometer, é que alguns escritores fazem uso de estimulantes para o exercício da escrita literária. Equívoco por que? Porque não são todos que usam estes estimulantes.  Agora, claro, no nosso tempo ninguém é santo mais. Não santo como Santo Agostinho. E mais não sei me explicar. Ah, sei,, os escritores usam de todos os recursos de que são capazes. Digo isto porque leio muito. E o que leio me traz a mensagem de que a maioria dos escritores usa de sua experiência de vida para escrever. Eu que não tenho uma larga experiência de vida, uso minha imaginação. E quando esta ...