EU ESCREVENDO
A escrita literária me vem agora, pela manhã, a me perguntar se tenho alguma coisa a dizer. Eu também me pergunto se tenho alguma coisa a dizer. Creio que, em especial, não. Então o que faço? Vou escrevendo. E escrevendo para que e para quem? Não sei me responder.
Sei que as palavras são capazes de enfeitiçar. E que talvez por isso os escritores são chamados de aprendizes de feiticeiro. O maior equívoco que se pode cometer, é que alguns escritores fazem uso de estimulantes para o exercício da escrita literária. Equívoco por que? Porque não são todos que usam estes estimulantes.
Agora, claro, no nosso tempo ninguém é santo mais. Não santo como Santo Agostinho. E mais não sei me explicar. Ah, sei,, os escritores usam de todos os recursos de que são capazes. Digo isto porque leio muito. E o que leio me traz a mensagem de que a maioria dos escritores usa de sua experiência de vida para escrever. Eu que não tenho uma larga experiência de vida, uso minha imaginação. E quando esta me falha recorro novamente à leitura para daí imaginar coisas diferentes das relatadas pelo escritor que eu estiver lendo. E tenho dito.
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