FONTE DE INSPIRAÇÃO

Corria o ano de 1987, eu havia pedido demissão de um emprego. E partia para outro. É que eu resolvia com isso alguns problemas pessoais. Que me atrapalhavam um pouco. Mas, tudo arranjado, me aquietei. E foi nestes dias que recebi em casa um pequeno pacote. Abri e dei de cara com uma pequena Bíblia. Folhei o exemplar do livro sagrado e vi que vinha escrito em castelhano. Olhei o envelope em que ela viera, e vi que me fora remetida do exterior. Por um velho amigo que eu não via não sei quanto tempo. Então li.

Hoje me lembrando disso, me vejo diante do título que coloquei acima: fonte de inspiração. Não é de hoje que os bons escritores (inclusive o nosso Machado de Assis) sempre a leram antes de imaginarem suas estórias. Vêem como a Bíblia, livro escrito há pouco mais de dois mil anos, serve para inspirar. E não é só a Machado de Assis. Aqui perto de nós, os mineiros, temos Luiz Vilela, que já escreveu ficção baseada em textos bíblicos.

Não digo que naquele ano de 1987 eu fosse pagão. Nunca o fui. Fui, isto sim, batizado e crismado, como todo bom católico cristão. Eu pessoalmente não tenho um texto meu inspirado puramente na Bíblia. E não venho aqui falar em literatura leiga inspirada pelo livro sagrada com o intuito de converter. Nada disso. Mas quero estender a mão aos escritores que estão sem inspiração, se eles aceitarem. A Bíblia oferece um vasto mundo de estórias exemplares.

E, para terminar, digo que não é só a Bíblia a inspirar. Qualquer escritor que tenha imaginação pode ler e reler estórias vastas e várias que saberá criar as suas com originalidade.


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