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SENTIMENTAL SOU

As palavras e as canções têm seu valor. Digamos a palavra sentimental. Em tempo idos Altemar Dutra cantava a sua canção SENTIMENTAL EU SOU. Veio a moda, que para mim tem forte fonte nos acontecimentos históricos, e vieram novos cantores e novos compositores. Para se ter idéia, há quem curta muito hoje a canção ROMARIA, e veja-se nela o verso SENTIMENTAL EU FICO. Aqui eu chego ao meu ponto, uma palavra fica e um poeta devendo saber o valor delas, utiliza-a. Renato Teixeira canta assim: SENTIMENTAL EU FICO, QUANDO ME PEGO, PERDIDO EM PENSAMENTOS, SOBRE O MEU CAVALO..." Ele sabe o valor da palavra sentimental. O significado da canção ROMARIA é diferente do significado da canção SENTIMENTAL EU SOU. Mas, em ambas existe o sentido impregnado de sentimento. E, principalmente, de sentimento de bem-querença. Já as melodias que acompanham os versos, é claro, se adequam aos correr dos versos. E não poderia ser diferente.  Os versos têm o seu ritmo e ele acaba influenciando também o ritmo mus

COMO EU APRENDI

Estive aqui revendo parte da minha vida. O que posso dizer é que eu sempre aprendi muito com as outras pessoas, as com quem convivi. Quanto maior a proximidade com estas pessoas, quer dizer, quanto mais tempo eu passava ao lado delas, mais eu aprendia. Nas conversas, nas trocas de livros, nas informações. Conversar para mim sempre foi como ler um livro. Às vezes as nossas conversas eram longas, às vezes não. Com as pessoas que falam pouco, um simples gesto delas é uma lição. E lições boas eu não esqueço. Por isso vim aqui, a esta hora da noite, dizer que estava ali, deitado na cama, rememorando algumas destas conversas. São estas lembranças recheadas de reflexões minhas. As reflexões que faço são como um reforço de aulas. Cada vez que reflito sobre o que me disseram, ou o que me responderam, aprendo um pouco mais. Claro, uma reflexão é um pensar sobre. Às vezes vou um pouco longe. Por exemplo, agora mesmo me lembrava de uma fala de uma professora minha quando eu estava passando para o

O APRENDIZ (SERÁ?)

Há algum tempo que eu não escrevo poesias. Nem aqui, nem em outro lugar, a não ser num site em que colaboro. Mas, lá mesmo dizia eu hoje que escrever poesias é doce para o coração e nos faz sentir em paz com a vida. Realmente é isto o que acontece comigo quando estou em espírito de poesia. Fora isto lá estou eu lendo, ou prosa ou poesia. Gosto muito de Mário Quintana, o poeta. Leio bastante Carlos Drummond de Andrade. E aprecio a poesia de Vinicius de Moraes. E escrever poesia exige o mesmo treino que fazemos para escrever prosa. Esta prosa minha aqui, não sei se agrada, mas, digo, é uma prosa espontânea. Que me sai do jeito que é escrita. Vez ou outra, muito dificilmente, eu releio outras postagens minhas. Me faz bem e principalmente me indica o caminho da não repetição, e me desculpo ante os leitores se eles acharem que mesmo assim eu me repito. Hoje é domingo e aqui estou no meu exercício de escrita. Se tenho alguma ambição com o que escrevo, é ser um dia chamado de aprendiz. Talvez

O NOVO

Vieram e me disseram: - Agora pode. E eu, o que fiz? Me coloquei a escrever. Esqueci o medo de antigamente. Faço agora meu aniversário literário, que eu tanto canto e escrevo. É como se fizesse aniversário de namoro, e é de fato um namoro. Um namoro com as letras que me encantam. Mas, vamos fazer de conta que eu estou começando. Então em primeiro lugar eu leio. Leio qualquer coisa, seguindo um velho conselho: - Se puder leia até bula de remédio. Fui e vim lendo estas coisas e agora já joguei todas fora. E em seguida vi que era tolice e comecei a ler os clássicos. E depois li os novos. Até que um dia, um mestre, a quem eu tive acesso o bastante para lhe mostrar coisa minha, me disse: - Você é novo nas letras. E de fato, eu era novo na literatura. E ainda o sou. Por este motivo venho aqui e me exercito. E ofereço esta postagem a olhos também novos. 

É... SIMPLESMENTE.

 Eu era menino e andava enquanto sonhava. Sonhava com que? Em ser escritor. E venho aqui agora contar-lhes como me tornei este escriba que sou hoje. Era um dia de verão no dia em que escrevi o meu primeiro conto. Li-o e reli-o. Não vi nele grandes coisas. Mas me lembrei de um ditado popular: "Filho feio não tem pai." Rasguei o conto em  pedacinhos. E o escrevi de novo. Ali eu descobri a minha maneira de escrever um  conto. E fui rasgando e reescrevendo até que o conto ficasse bom. Bom para quem? Claro, para os olhos alheios, os olhos do leitor. E eu não sabia quem seria o meu primeiro leitor. Peguei o conto premiado e me precipitei. Mandei-o imediatamente para uma revista literária. Eu não sabia, mas as publicações literárias têm geralmente vida curta. E lá por motivos que eu nunca soube o conto não foi publicado. Continuei na luta por ver minha literatura publicada. E hoje é o que eu tenho. Minhas letras publicadas. Não estou de parabéns? Eu mesmo não sei. Mas, mais um sonho

ESCRITA

Quando eu tenho á minha disposição o dicionário, o papel e a caneta. E, por que não?, alguns livros onde me inspirar. E sei aproveitar tudo para me expressar, e não me falta a liberdade para isso, eu me faço um homem completamente feliz. Claro, aqui me lembro do meu tempo de menino, que era quando eu pensava em ser escritor. Então agradeço com saudades aos meus pais que sempre me deram livros de presente. Que presentes! Meu pai principalmente ficaria orgulhoso de mim por eu saber dizer das minhas coisas escrevendo. A escrita tem, portanto, para mim um sentido todo existencial, que me completa. E vou escrevendo com os recursos da minha memória, não com notas que eu acaso tenha feito. E isto não é sinal de genialidade não, ao contrário é sinal de que me guardei durante um bom tempo para estar aqui. Ocupo então meu tempo escrevendo. Diga lá quem quiser dizer que estas então são as notas. Eu não escrevo pensando no valor que acaso tenha minha escrita. E pensei esta última frase porque ela

MEU CORAÇÃO

Meu coração não se divide, nunca se dividiu. É que eu amei pai e mãe. E o resto do meu amor sempre foi de meus irmãos. Quando eu era menino, tirei fotografia vestindo-me de padre e de mãos dadas com meus irmãos e irmãs. Parece-me que ali, no instante de me deixar fotografar daquele modo, eu começava a contar minha estória. Já me disseram que eu tenho uma estória bonita. Eu mesmo acho isso. E meu coração é realmente família. Há pouco tempo perdi minha mãe. Comecei a sentir saudades dela um dia após o velório. Em seguida pensei em meu pai. E digo, tive pai epilético. O que esse pai fez por nós, a família que ele criou, ele fez e muito. Ele apareceu nos últimos tempos dele com um tumor no cérebro. Minha mãe não deixou de dizer a ele: - Trata disso, marido. Mas não sei o que houve com ele, que acabou tendo uma morte drástica. Mas enquanto foi vivo, foi um grande homem na nossa vida. Tanto que todos nós os filhos sempre pensamos nele durante nossas vidas. Dizia-nos ele: - A melhor herança é