MAIS UMA VEZ, EU
Certa vez, eu ia apressado a caminho do meu serviço. E ouvi uma voz quase atrás de mim dizer:
- Ele é anti-social.
Ocorre que eu não tinha visto as pessoas. Como eu tinha me voltado para ver de quem era a voz, eu disse:
- Nada disso, é que eu estou atrasado. E a pessoa disse:
- Não se preocupe, fizemos apenas uma brincadeira.
Então segui. Eram a secretária de meu chefe e um outro funcionário. E já que era uma brincadeira, nem me restou preocupação com aquilo. Passado um tempo, lá estava eu, noutra oportunidade, conversando com a secretária, assunto alheio àquela brincadeira. E portanto estava tudo bem.
Nem ao menos eu sei porque eu fui me lembrar disso. Aquilo de ser chamado de anti-social em sendo eu como sou, um conversador, me causou risos. E quanto a isso, tenho dito.
É que iniciei estes escritos, com o firme propósito de falar de mim. Tomara que interessem os escritos a alguém. Claro, porque eu não escrevo só para mim ler.
Procuro dar à linguagem corrente no mínimo um tratamento legível. Se eu pudesse dar um sentido de arte aqui eu estaria dando. E estaria feito.
Claro, cansei de ver durante a minha vida de leitor, gente escrevendo de maneira a alcançar o patamar de artista da palavra. E hoje os que tem voz, buscam é ter uma voz original. E eu era apenas, explicando a época disto, um estudante. Quiçá.eu. E Deus me abençoe. E Deus nos abençoe.
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