DA OBEDIÊNCIA
Estou aqui sozinho e me lembro. Me lembro de uma fala de uma psicologa do emprego que eu tive. Ela me disse:
- Estou cansada dos seus sem quereres.
A principio eu não entendi. Mas adianto eu estava insatisfeito ali. Mas cumpria minhas obrigações. E eu disse:
- E o comportamento?
Ela respondeu:
- É obrigação.
Eu não me deixei vencer. Ela completou:
- Pode voltar para o seu serviço.
Eu tinha ido pedir para voltar ao meu serviço de origem, para o qual eu tinha sido admitido no emprego. Dois dias depois ela me chamou:
- Pode ir para o seu novo emprego.
Dito assim mais parece que eu estava demitido. Mas, não. Ela mesma me disse:
- O seu novo emprego é na seção tal desta mesma empresa.
E eu fui. Trabalhei mais uns anos ali e me fui, eu pedi demissão, e aqui estou. Satisfeito comigo e com as coisas que faço. E realmente aqui eu estou em casa mesmo. E mesmo assim continuo obediente. Vim para cá com minha mãe e um irmão, que faleceram. E tenho tutora. Vergonha é roubar e não levar e eu não roubei nada. Sou pensionista.
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