FALANDO DA VIDA

Chego eu à uma velhice feliz. Claro eu não devo mentir. Uma das coisas que eu insisto em fazer hoje é dizer que cada um deve fazer o seu por onde. Fazendo o seu por onde os outros também o fazem e todos acabam sendo felizes. Pelo jeito e por leitura do que tenho escrito eu me julgo lúcido pra dizer que sou feliz. E digo: na minha opinião as pessoas não deviam sair por aí contando vantagens. Deviam isso sim, guardar-se no mais em silêncio meditativo e aí lucrariam caladas conservando o que é seu bem, que é o seu amor próprio. E sim, tendo amor próprio preservado julgo que as suas personalidades poderiam ser ditas àqueles a quem amam. Pensem nisso.

Agora aqui estou, me obrigando, no melhor sentido, a registrar algumas notas do dia. O dia foi tranquilo como sempre é, anoitece e meu coração está em paz.

Numa destas postagens me vi falando de minha terra natal. Lá é São João del-Rei. No tempo em que vivi lá era um lugar entre histórico e entre meio urbano moderno. Hoje, conforme eu vou sabendo, me dizem que lá já não é o mesmo lugar daquele tempo. E eu saí de lá, aos 14 anos de idade. Tendo vivido lá de 1954 e saído de lá mais ou menos em 1971. E 1971 é o ano em que eu ainda era um servidor militar da FAB. No serviço militar aprendi muito sobre disciplina e moral, o que me valeu na vida comum.

Claro, que levei alguns tombos, mas eu aprendi até com os tombos.

E chego aqui às vésperas dos meus 72 anos de idade. E não sei se o faço bem, pedindo a Deus mais alguns anos de vida.

Falo hoje vivo, tanto do meu pai como da minha mãe. E digo francamente que sou mais minha mãe do que meu pai, porque conheci pouco meu pai. E aprendi mais com minha mãe. Que Deus tenha os dois em bom lugar. E que Deus me abençoe. 

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