DOIS TRABALHADORES

Caiu aqui há pouco uma chuva de vento, com trovões e tudo o mais. Eu esperava para poder vir e registrar no meu blog estes escritos. Rezei um pouco e me lembrei de uma tia que eu tinha. Esta tia custou muito a reconhecer-nos, mas enfim um dia disse:

- Vocês, meus sobrinhos, são educadinhos. Mas, Chico meu filho, é um grosso.

Eu pensei: ainda bem que é ela que diz. E agora eu escrevo. Meus dedos têm uma certa facilidade no teclado e por isso, escrevo, mas conforme as idéias me vêm à mente. Na minha juventude li muito Rubem Fonseca. Diziam dele que ele era solidário. Naquela época eu até que reconhecia nele a solidariedade. Depois li este autor reconhecendo nele um mundo violento. E talvez por isso é que tenha visto nele alguma coisa de solidário. Mas trabalhei intensamente, eu e os meus, para melhorar de vida. Até que um dia minha mãe chegou no corredor da casa que ela pôs de pé com a ajuda de um irmão meu, e disse:

- Vencemos!

Eu contei esta passagem à uma empregada, que disse complementando:

- E bem!

Eu passei a observar esta empregada. E a ouví-la também com muita atenção. Até que um dia eu disse a ela:

- Sabe, eu vejo que você é sofrida.

Ela reconheceu que era e respondeu mais:

- E você tem empatia?

- Claro.

E ela às vezes, quando não está ocupada me conta alguma coisa dela. E até que um dia eu disse:

- Em algumas coisas eu me reconheço em suas estórias.

Ela sorriu. E nós vamos levando o barco. Porque eu também já fui trabalhador. E minha mãe participou da construção desta casa onde moro como administradora da herança de meu pai. E meu irmão como o arquiteto formado na UFMG, que fez a planta que foi aprovada na prefeitura desta MOEDA (MG).

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