MINHA GRATIDÃO A DEUS
Eram os anos 80, que o escritor Ignácio Loyola de Brandão chamou de os alegres oitenta. Eu trabalhava e sonhava em vir a ser escritor. Saía do serviço e passava em algumas livrarias. Comprava livros novos e passava na casa de uma tia com quem gostava de conversar. Ela via meus livros nas minhas mãos e me dizia:
- Livros estão caros.
Eu sorria. Meus ganhos davam para me sustentar em parte. No resto minha mãe me ajudava. E então ganhei meus primeiros concursos literários. Mas na empresa onde eu trabalhava não havia clima para viver um trabalhador que era ao mesmo tempo escritor. Então pedi minha demissão. |Minha mãe, a quem eu amava muito, me deixou pensionista. Hoje eu me lembro muito dela e daquela minha tia que também já morreu. Eu nunca gostei de farras e naquele meio tempo me matriculei num curso de Filosofia. Passei a frequentá-lo numa escola de renome. A FAFICH/UFMG. Abandonei o curso antes do fim do último semestre.
Hoje vivo e moro aqui em Moeda. E agora aos setenta e um anos de idade estou tendo uma velhice feliz e tranquila. Não me considero uma mente brilhante nem angustiada. As passagens desta vida que me foram mais temerosas eu não busco remoê-las. E assim eu quando cheguei aqui não via muitas possibilidades de continuar escrevendo. Mas, continuo escrevendo e publicando. E achei uma fórmula verbal para agradecer a Deus e esta é: DEUS ME RECOMPENSA SEMPRE. E a empregada que me acompanha há anos me disse:
- Você tem tudo o que precisa e algo mais.
E é verdade. Nas palavras dela ainda "Minha vida é excelente." Isso também é verdade.
Os meus textos publicados me chegam pelos Correios. Realmente: DEUS ME RECOMPENSA A CADA SEGUNDO.
Comentários
Postar um comentário