MAL DO OFÍCIO

Para começar, eu enfrento com o ânimo em bom estado o meu primeiro osso do ofício. É o limite de dois livros por mês que eu posso adquirir. Mas, além do ânimo em bom estado, quando os livros me chegam eu me realizo um tanto. Alguns destes livros eu vou relendo além do tempo que estipulo para mim na leitura. Claro, alguns livros põem alguma dificuldade na sua leitura. Mas nenhuma dificuldade intransponível. Tenho os livros de consulta que se fazem necessários.

Eu não me aventuro é a ler em outro idioma. Eu tive um aprendizado nesta tarefa de leitura, muito dificultado por algum tempo que gastei no trabalho para sobreviver. De modo que sou  um sobrevivente, com algum orgulho. Mas como sobrevivente conheço alguma coisa dos meandros do mundo do trabalho. Eu tive problemas neste mundo. E digo, quem não tem? E é só o que digo. Prometi para mim mesmo nunca escrever sobre o mundo do trabalho. Razões? Tenho de sobra. Muitos sofrem além da conta com os obstáculos que encontram. Mas muitos também dizem que:

- Vencemos!

E a empregada aqui de casa disse ao ouvir isto:

- E bem!

O que é uma recompensa para quem vibra com a solidariedade dos mais humildes. Com os mais humildes eu sempre aprendo alguma coisa. E é com eles que eu aprendi a ser humilde. E é vendo como eles trabalham sem parecer cansados que eu me digo:

- A humildade é uma virtude.

E sempre ganhei em ser humilde. Não ganhei em bens materiais. Mas ganhei em espírito. E foi com humildade que um dia telefonei para o escritor profissional, ah me esqueci o nome dele, para perguntar alguma coisa sobre o SUPLEMENTO LITERÁRIO DE MINAS GERAIS que era mantido pelo governo estadual. E ele me ensinou a me referir a um escritor da moda, como um escritor interessante. E por continuar a admirá-lo foi que ganhei um prêmio literário para um texto que escrevi baseado num livro dele. E tenho dito. E que Deus nos abençoe. E que Deus me abençoe.

P.S.: Me lembrei, o escritor a quem liguei foi RUI MOURÃO.

 

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