NESTA VIDA MINHA
Nesta vida minha eu já tive seis empregos. Isto eu já disse, mas acrescento que em nenhum desses seis empregos eu aderi à competição. À competição que havia entre os trabalhavam neles. Quem me vê aqui nesta hora, escrevendo, pode pensar que sou rico. Aprendi nesta cidade de Moeda, um dito que ora me serve:
- Rico das bênçãos de Deus, eu o sou.
E sorrio. Sou na verdade um cidadão brasileiro, cônscio de que cumpriu as suas obrigações de cidadão. E aqui estou graças à minha família. E eu não interesso em saber se há outra via. Porque o que eu queria ser, eu sou, um escritor. Mas não me considero um escritor mambembe. Sei alguma teoria literária, leio muito obras de outros escritores. Alguns eu chamo de mestres. Claro, para que servem os mestres? Para ensinarem. E são bons mestres e mestras, é só abrir um livro de algum deles, e ler.
Ennsinam em silêncio. E assim em boa parte da minha vida eu conversei pouco. Achei melhor. Até me apelidaram de observador silencioso. Eu observava mas era para sobreviver. E sobrevivi. Daquelas observações eu não falo. Na verdade, já faz tanto tempo que eu me esqueci delas. Ficou-me porém o aprendizado. E eu tive um professor que dizia:
- O homem aprende à toda hora, até em seus últimos momentos.
E graças eu Deus eu fui batizado e crismado na Igreja Católica. Um cuidado de meus pais. E estive afastado da Igreja Católica por algum tempo. Disso me arrependi, chorei na hora em que fui perdoado e rezo todos os dias. Tanto quanto escrevo. Eu não sou muito vaidoso. Mas quando alguém me diz que eu escrevo bem toca numa corda que há em mim, a da vaidade. Claro, não se escreve sem destinatário. E tenho dito. Que Deus abençoe este escritor.
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