VIVER E ESCREVER HOJE
Estou sempre por aqui. Não escrevo para me tornar o maior escritor. Não existe isso de maior escritor, quem tem ou já teve uma boa biblioteca pessoal sabe disso. Escrevo simplesmente para me desabafar de coisas que estavam no meu baú mental. Dir-me-ão louco ou metido a rico de ideias. Nem um nem outro. É que a poesia do instante está em todas as coisas e em todas as pessoas que já conheci. E não retrato ninguém. Pega muito mal ficar escrevendo dos outros. Também fico olhando as velhas causas do mundo e nenhuma delas vale a pena. Olho as pessoas e ouço as pessoas. A minha empregada um dia me disse:
- Veio atrás do sossego e o encontrou.
Eu sorri para ela, de satisfeito. E me explico: é que eu não saio de casa, não bebo, não me drogo, e durmo bem. E vibro com esta empregada porque ela tem um detalhe: ela gosta de tudo certinho. Tal qual eu gosto.
Os maldosos já estão vislumbrando em suas mentes aqueles velhos aprendizados do mundo. Sobre relacionamentos. Eu estou fora. Ela disse que gosta de tudo certinho porque desejava a felicidade da filha dela. E até agora a filha dela é feliz. E eu acordei rezando pelas duas. Quase como um padre. Mas estava do lado de cá da tela de TV quando rezei a missa e o terço. Aí chegou a empregada que a substitui agora nas férias. E aqui em casa já estamos todos trabalhando.
Eu fiz meus exercícios de fisioterapia. A empregada substituta preparou meu café da manhã. Que eu tomei. Com um ovo frito. E tudo mais corre bem.
Escrevi umas palavras para a nova academia de letras e artes em que me meti. Enquanto esperava a internet voltar. E vim para aqui. E ora escrevo. E digo: a internet é essencial na vida de um escritor dos dias de hoje. Deu bobeira aquele ou aquela que não comprou sem computador pessoal. E não trabalhou a ponto de ter do que viver. Porque não ter estas coisas hoje em dia, é o fracasso. E tenho dito. E Deus nos abençoe.
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