EU E MINHA ESCRITA

 Quando minha mãe morreu eu fui aos funerais dela. Voltei dos funerais no carro de minha irmã caçula. Aqui voltando vivi o meu luto. E a minha empregada, levantou a mão com o dedo indicador apontando para o meu guarda-roupa e disse:

- Seu guarda-roupa, você não tem culpa.

Eu estava sentindo ali a ausência de minha mãe. Minha mãe não foi fácil, criou sete, e minha irmã caçula disse:

- E bem criados.

Agora aqui estou escrevendo. E escrevo por prazer. E por falar nisso eu vi na minha vida muitos escritores badalarem muito o fato de serem escritores. Numa competição louca pelo seu naco no mercado. Nunca me atrevi a escrever, preferi trabalhar. E feliz estou com a minha aposentadoria. E isso é verdade, estou gastando para sobreviver e com a minha saúde. E tenho setenta anos de idade. E não sou mais menino para me iludir com os holofotes. Talvez por isso tudo é que eu publico estas postagens.

Se esse blog puder ajudar algum escritor ou mesmo um candidato a escritor, eu me dou por satisfeito. Eu soube ouvir um amigo, que me disse:

- A carreira das letras é ingrata.

Os jovens, não sei se ainda falam assim, mas no meu tempo de jovem, diziam:

- Você acha que vai me dobrar com essa conversa?

Só que eu não quero dobrar ninguém, conquistei esse lugar nas letras, e o chamei de ARILETRAS. E tenho dito. E que Deus nos abençoe a todos. Para um escritor como eu, fora do tempo, é difícil estar aqui neste blog.

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