ESCRITA
A escrita deve ser cuidada na procura da escrita bela. Por que? Porque duro é o oficio de agradar leitores. E eu falo um pouco de mim. Quando escrevo procuro me lembrar de meus mestres, aqueles autores que cansei de ler. Mas não para imitá-los no que eu escrevo. E muito menos para copiá-los. Donde vem a minha dificuldade de falar em voz alta as frases que escrevo recorrendo à memória. Claro, estou sendo autêntico ao falar assim. Pior seria se eu mentisse a tal ponto.
Porque quando não estou falando de mim, eu crio. Crio no que posso. Fazendo minhas ficções ou fazendo meus poemas. Agora, esperar que o leitor compreenda isto, eu não sou assim. O leitor é-me caro. Mas geralmente eu nem o conheço tão a fundo, a ponto de saber do gosto de leituras dele. E não vou dizer que sou um gênio, porque não o sou. Os gênios da literatura são gente como Fernando Pessoa, Marcel Proust e outros. Eu toda vez que venho aqui começo outra vez.
Minhas postagens aqui estão. Foi difícil chegar aqui. Mas com muito trabalho e muito estudo até nas nossas escolas e leituras, aqui estou. Quando comecei a estudar, fui um estudante medíocre. Na faculdade nem me graduei. Senti logo que precisava era escrever, saísse o que saísse. E de mim saíram palavras estas que vocês podem ler nas postagens que aqui estão.
Quando venho aqui escrever, me lembro é de uma carta. A carta de um homem muito bem colocado na sociedade, que não podendo me ajudar mais concretamente, escreveu: A quem interessar possa. Esta carta serviu de leitura a alguém que me disse:
- Neste caso procure o Ministério do Trabalho.
Foi o que fiz. E da minha procura me foi dado o emprego num escritório como Office-boy. E aí começou a minha escalada como pequeno burocrata. Cheguei a escriturário, e me aposentei. Graças a Deus.
Comentários
Postar um comentário