O ESCRITOR

Ser escritor me perguntaram, é muito importante para você? Eu respondi: sim. E aqui estou, escrevendo. Continuaram perguntando: - Mas ser escritor numa época como a nossa? Eu falei firme: - Claro, porque vivi épocas piores e li muito. E posso dizer que ler me ajudou muito. - Ajudou? Como assim? - Eu perdi meu pai muito cedo. E o que eu podia esperar de meu pai em palavras, encontrei nos livros. - Como assim? - Eu já era de boa índole. E sempre fui cristão católico, com a leitura viajei por este mundo sem sair de minha casa. E depois veio a globalização. Minha vida não chega a ser exemplar. Para mim, não. Porque eu exigia muito de mim mesmo, e esperava ter escrito mais cedo. - Ah, entendi. E o que você escreve lhe satisfaz. - A esta altura da vida me satisfaz e muito. O  o rapaz que me indagava essas coisas se despediu de mim. E fiquei eu satisfeito por ter tido ele para conversar. E tenho dito. 

 Mesmo antes de entrar na Faculdade de Filosofia, eu consumia livros como se respirasse. O que eu produzi como filósofo, ou pretenso filósofo, ficou na Faculdade, como trabalhos escolares. E eu sinto é uma falta incrível de uma filosofia para o meu século, o século XXI. E pessoalmente a minha Filosofia é a da quietude, quieto em casa a escrever. Mas não escrevo filosoficamente. O cinema tem nos dado temas incríveis, e o que mais me faz pensar é sobre a máquina dominando o homem. Eu pessoalmente não tenho uma opinião muito forte contra a máquina. Tenho recebido ajuda incrível da máquina. Por exemplo, o que escrevo agora, escrevo no computador. Não sei se posso ver o que escrevo aqui como o que leio nos livros. Isso não quer dizer que eu não me preocupe com o que escrevo para ser publicado em papel. Claro, sigo aquela velha lição: um texto meu é um filho meu. Filho do meu espírito. Assim como este aqui é filho meu também. Filho do  meu espírito também. Mas se a máquina dominar o...

Eu estou bem na vida, pago minhas contas e só. Gasto muito pouco comigo mesmo. E vou me construindo como autor. É o que um escritor pode fazer por si mesmo. Não sou um escritor profissional, o que me dá um grau de relaxamento muito grande. E me faz sentir bem isto. Meus blogs aqui eu os vou  levando como levo minha vida. E para confessar uma coisa: eu vivo um dia após o outro. Sem luxo, mas com conforto para dizer que assim sou eu. E para dizer a verdade, eu já chego a achar que todo escritor deveria ir se construindo. Mesmo aqueles que têm pretensões de serem escritores profissionais. Pois eu enfrentei percalços naturais da vida de um trabalhador, e pior para mim, porque eu detesto competir.  Mas me saí foi bem, claro, pois não recusei ajuda de ninguém. E na verdade, e naturalmente, toda ajuda que recebi veio dos meus familiares. O que me foi e é ainda ótimo. Por isso, digo aqui que Deus recompensa. Claro eu nunca tive muitas pretensões. Minha grande pretensão era poder um di...

 O homem está se transformando em um animal solitário. Mas, porque quer. Vim de uma reunião de artistas da palavra. E lá interessava naquele momento a audição de palestras de audição de apresentação de patronos e patronesses de acadêmicos. Estes acadêmicos eram os artistas. Só uma correção: eu quem supôs que eram todos artistas da palavra, ou seja, escritores. Mas o nome da Academia era de Letras e Artes. Decerto que para que haja uma Academia deve haver ordem. E claro que uma ordem hierárquica. Com Presidente e Vice-Presidente. Os acadêmicos por sua vez para respeitar tudo isso, devem primeiro se respeitar mutuamente. E, quanto a isso, é só. É como ler livros e escolher o livro de cabeceira. Claro que o livro de cabeceira não terá aprovação unânime de todos os leitores de livros. Pois o livro de cabeceira de uma pessoa foi escolhido por ela. E tenho dito. E democraticamente a pessoa que escolheu o seu livro de cabeceira deve se recolher para lê-lo.

 Do jeito que estão as coisas, ando sem rumo na minha criação. Procuro escrever com espírito positivo e construtivamente. Conto algumas coisas da minha vida, mas não são para servir de exemplo para ninguém. No final das contas, até hoje minhas coisas têm dado certo. Espero que não me apareça nenhum imprevisto a resolver. Porque para nós brasileiros, tudo tem um jeito. Eu digo sempre aqui em casa, que este nosso Brasil, é o melhor país para se viver. E não nego que sou um homem do interior, mesmo tendo vivido anos na capital. Não curto muito os estilos de vida dos grandes centros urbanos. Mas, não nego que aquele que não recusa trabalho encontra sempre uma maneira de viver bem.  Me lembro de quando eu me via desempregado. Tinha sempre um socorro que me vinha das agências de emprego que existiam na cidade. E era só preencher os requisitos dos empregadores e lá estava eu no trabalho. Não sou nenhum caxião, que é como os meninos que pintavam o sete se referiam àqueles que andavam ...

Eu estava ali, sossegado e tranquilo, quando meus dedos formigaram de vontade de escrever. E aqui me faço presente, escrevendo. Conheci homens bons e homens maus, e esta era uma questão muito discutida no curso de Filosofia, saber se o homem é mau ou bom. Foi quando eu abandonei o curso, e pelo que já vivi, e lendo a Bíblia, conclui que há homens bons e maus. E por não conhecer de longa data as pessoas neste país novo, preferi me refugiar na minha solidão criativa. Assim chamo o que me leva a escrever. Que no meu tempo de mero escrevinhador ambicioso por encontrar onde colocar textos meus, eu procurava o meu jeito de ser escritor. E aqui estou eu escritor. Com bastante textos publicados. E sem nenhuma ambição de ser o número. Que tudo é consequência na vida. E digo como minha mãe: - Seja o que Deus quiser. Basta ligar a TV na hora do telejornal. E lá está confirmado, há pessoas boas e más. Mas não vou cansá-los com este assunto. Quero dizer que o meu melhor estado é sossegado e tranqui...

 Grande parte de meu tempo eu dediquei a acompanhar a vida literária. E vi que haviam vários tipos de escritores. Os que eu li aconselhavam a honestidade intelectual. Vivendo, eu conclui que um homem que é honesto em tudo o que faz, quando vai de encontro a alguma ambição intelectual, é honesto também intelectualmente. E nada mais elogiável que este estilo de vida. A outra coisa que acompanha a vida dos homens de espírito é a leitura. Quem lê muito, quando escreve, escreve bem. Claro que mesmo assim, quem escreve precisa de fazer rascunho. Agora, mudando de assunto, vamos procurar um assunto ameno. Eu sempre gostei de estudar. Até que me meti num curso de Filosofia, que não terminei. Tive meus motivos para não terminá-lo. Mas eu vivo no país do jeitinho. E me virei, e aqui estou escritor. Não me importa se grande ou pequeno escritor, mas escritor feliz. Que hoje eu sou um homem feliz, o sou. E um homem feliz é um homem realizado. Me questionaram porque nunca recusei ajuda. Ora, viv...

 No nosso planeta atual, quem escreve? Os escritores, obviamente. E quem são os escritores? Gente que não tem grandes diferenças de nós. Então, querem que eu seja mais claro? Vou tentar. Eu desde menino gostei de ler. E no intervalo das leituras eu sonhava em ser escritor. E do sonho á realidade, aqui estou eu. Mas, não sou um homem que vive com o rei na barriga, pelo contrário, vivo esperando a hora de escrever significatimente. O que eu entendo de escrever significativamente? Entendo que é escrever um texto que valha à pena ser lido, e quem me dirá isto será o leitor. Ambiciono  demais? Talvez. Mas ambiciono o elogio não o dinheiro do leitor. Entendidos nós? Então bem, aqui estou escrevendo. E moro e vivo neste planetinha que vaga no espaço sideral com as bênçãos de Deus. Amém. E tenho dito.